A freguesia de Aldão pertence ao concelho de Guimarães, do qual dista cerca de 3 km para nordeste. Trata-se de uma área de suave relevo e baixa altitude média, a qual rondará os 200 metros. Tem uma área de cerca de 5 Km2 e 1280 habitantes, dados dos Censos 2011!
A mais antiga notícia documental que subsiste sobre a existência desta freguesia data de meados do Século XI, como indica o Inventário de todas as herdades e igrejas do Mosteiro de Guimarães que Fernando de Leão e Castela ordenou que se fizesse em 1059 e onde é já referida a "Villa Aldiani". Nas inquirições de 1220, ordenadas por D. Afonso II, o templo é classificado de Ermida e o pároco, de nome João de Guimarães, é designado pelo título de Capelão. Quanto ao topónimo Aldão, presume-se que a sua origem venha de um genitivo antroponímico de um nome suevo ou visigótico, na sua forma latinizada que é "Aldiani".
Segundo teses de alguns historiadores, terá sido nesta freguesia que foi travada a Batalha de São Mamede, acontecimento decisivo para o despoletar do processo de Independência de Portugal. Sabe-se que as tropas de D. Afonso Henriques e as de Fernão Peres se defrontaram em São Mamede, perto de Guimarães, no dia 24 de Junho de 1128. Acontecimento este devidamente assinalado num local designado de Campo d'Ataca, localizado na fronteira com a freguesia de São Torcato, onde inclusivamente dizem terem sido encontrados vestígios atribuídos a tal demanda.
Nesta freguesia destaca-se o nascimento de duas personalidades: Agostinho Barbosa, nascido em 17-09-1590 na Quinta de Aldão, Bispo de Ugento, no reino de Nápoles, em 1649. Estudioso do direito canónico e civil; Alfredo Pimenta, nasceu em Aldão, na Quinta de Penouços em 3 de Dezembro de 1882. Com formação académica em Direito, curso que conclui em 1908 na universidade de Coimbra, foi escritor, professor, fundador do Jornal "O Debate" e faz várias publicações deixando uma basta obra literária.
Esta freguesia preserva ainda um certo cunho agrícola, ligado ao cultivo de milho grosso, trigo e vinha, principalmente junto às margens do pequeno Rio Selho e do Regato de Atães, afluente da margem esquerda do Ave. Aqui se cultivava uma grande variedade de flores, vegetais, árvores de fruto e ervas medicinais. Era também uma comunidade dedicada à criação de animais, para o trabalho agrícola e consumo familiar. Nas últimas décadas do século passado foram-se estabelecendo aqui pequenas unidades fabris relacionadas nomeadamente com os sectores têxtil e de calçado.
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